Um inseto minúsculo, entre 0,24 a 4 centímetros, corresponde ao gigante trabalho de contribuir com a alimentação da população mundial. Isso porque as abelhas são responsáveis pela cadeia de mel, própolis, geleia, pólen, entre outros produtos.
No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (Abelha), a data, instituída em 1989 pela associação de apicultores e ambientalistas, visa informar e conscientizar sobre a importância da conservação dos polinizadores essenciais para a agricultura e biodiversidade, uma vez que, a água, o vento e a gravidade não são polinizadores suficientes no meio ambiente.

No ano passado, o país produziu 50 mil toneladas de mel; e o Pará, aproximadamente 746 toneladas.
De problema à oportunidade
Em Tailândia, a atividade passou de um problema de segurança e saúde pública para o planejamento e especialização em apicultura. Apesar do início turbulento, de acordo com a Secretaria Municipal de Ciências, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma), mensalmente são capturados, transportados e distribuídos, para 58 apicultores com atividade rotineira no município, mais de oito enxames de abelhas.
O início do trabalho com as abelhas se deu em função do índice alto de acidentes com abelhas, no município. Com dois acidentes fatais, a população passou a solicitar a retirada das abelhas pelos bombeiros, e eles diziam que não eram os responsáveis pela captura. Assim, eles ligavam para vários órgãos, mas sem sucesso. Então, o prefeito da época— Paulo Jasper pediu para que a Secretaria de Meio Ambiente gerenciasse o problema. Foi aí que tivemos a ideia de criar o clube de manejo com as abelhas: capturar, transportar e soltar. Foi assim que passamos a organizar toda uma estrutura de dentro do órgão, para que hoje nós pudéssemos fazer o trabalho com as abelhas”, disse o biólogo Elizanilson Lopes.
Valorização da atividade apícola
Pela primeira vez, após a estruturação de captura, transporte e destino das abelhas aos apicultores, e trabalhando o potencial de inserção no mercado formal de Tailândia, a gestão de 2025, visando o incentivo às práticas sustentáveis, qualificou uma comunidade de agricultores rurais e apicultores.
Dados da Sectma apontam que, após a jornada teórica e prática, o número de profissionais com atuação na atividade da apicultura subiu para 58.
Ewerton Oliveira é apicultor e lembra da importância das abelhas, assim como o conhecimento agregado no curso.
Eu sou apicultor, e nós temos grande importância em criar os insetos. Deus abençoou por nos ter dado elas, e por elas serem o inseto que ajuda outras plantas a sobreviverem. Como apicultor, esse dia representa a importância da própria vida e de conhecê-la”, disse.
“Cuidar das abelhas é preservar a biodiversidade, apoiar a produção de alimentos e investir no futuro da nossa comunidade”, afirmou a analista ambiental da Sectma, Lurdes Alcantara.
Escola
É assim que as abelhas vêm a contribuir diretamente para o fortalecimento da economia local, seja de forma biológica como na polinização, ou por meio de incentivos de políticas sustentáveis. Assim, Tailândia especializada na atividade apícola, articula a inserção da comercialização do mel para a merenda escolar.